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publicado dia 3 de junho de 2013

Lideranças se reúnem em Heliópolis para pensar cidade educadora

“Esta comunidade precisa ser conhecida. Uma comunidade que pode ser transformada em exemplo para outros lugares, um laboratório de estudos, um bairro educador de outros bairros.”

Helena Singer, em “Memórias de Heliópolis, Raízes e Contemporaneidade”

Em Heliópolis, bairro e escola atuam em parceria.

Se existe um bairro de São Paulo com potencial para ensinar como uma experiência educativa pode transformar as relações, espaços e pessoas, não há dúvidas de que seja Heliópolis. Com um projeto pedagógico construído de forma democrática e em contato direto com seu entorno, a Campos Sales converteu-se em um exemplo de escola onde professores, estudantes, famílias e comunidade estão diretamente envolvidos no processo educativo.

Inspirados por esta iniciativa, na última terça-feira (28/5), diversas organizações sociais foram conhecer o bairro educador de Heliópolis. A proposta do encontro era dar início à articulação de diversos setores que, orientados pela educação, pretendem promover o desenvolvimento social da cidade unindo saúde, proteção social, esporte e lazer, cultura e comunicação, trabalho, geração de renda, cidadania e desenvolvimento sustentável.

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Estiveram presentes a Rede Juventude, Criança e Adolescente (Rede JUCA), lideranças comunitárias, representantes da EMEI Chácara Sonho Azul, Fórum de Saúde Lapa Pinheiros, Unidade Básica de Saúde Sé, Centro de Referência de Assistência Social de Pinheiros (CRAS) e educadores. Braz Nogueira, diretor do EMEF Campos Salles, e personagem das transformações vividas por Heliópolis, mostrou-se animado com a reunião. “No isolamento, nenhum projeto inovador sobrevive. É nos juntando que temos força para seguir mudando a realidade do ensino. É preciso integrar nossas histórias.”

Primeiros passos

Michael (à esquerda) conversa com estudantes da Campos Salles.

Michael, 16, estudante da E. E. Honório Monteiro do Jardim Ângela, andava pelos salões da E. E. Campos Salles com curiosidade no olhar. Lá não há salas de aula, só amplos espaços onde os estudantes trabalham roteiros educativos em conjunto – um modelo inspirado pela Escola da Ponte de Portugal. O jovem percorreu com atenção o espaço educativo de Heliópolis, que congrega, além da escola, creches, uma escola técnica de ensino médio e um centro cultural.

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Roberto Otaviano, professor de teatro de Michael e membro da Rede JUCA, percebeu o interesse do estudante e destacou a importância de iniciativas como essa: “Os meninos de outros lugares que vêm aqui ficam admirados. São experiências como essa que temos que alargar por toda a cidade”, declarou.

E a articulação de redes educadoras caminha neste sentido. Os próximos passos devem dar conta de aumentar a rede e criar espaços presenciais de trocas de saberes, além de pensar políticas públicas e locais e realizar uma campanha por uma cidade educadora. “Queremos uma ‘rede de redes’ para nos empoderarmos e lutarmos pela direito à cidade”, disse Helena Singer, diretora pedagógica da Associação Cidade Escola Aprendiz, uma das articuladoras da proposta.


Conheça o bairro educador de Heliópolis:

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