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Na tarde desta terça-feira (1/10), estudantes ocuparam a reitoria da Universidade de São Paulo (USP) para pedir alteração no sistema eleitoral da instituição. A ocupação ocorre em paralelo à reunião do Conselho Universitário (CO) que deve decidir quais mecanismos serão adotados internamente para garantir a eleição de reitores e diretores. Os estudantes haviam protocolado pelo Diretório Central dos Estudantes Alexandre Vanucchi Leme (DCE) um pedido que exigia que o CO fosse aberto.

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“Nos parece um contrassenso que a democracia da USP seja debatida num conselho fechado, restrito e antidemocrático. Os mecanismos da universidade são os mesmos há mais de 30 anos, desde a ditadura. Não tem cabimento votarmos para presidente e não para reitor”, analisou Luísa Dávola, diretora do DCE. Diante da negativa de abertura, 500 estudantes em ato optaram pela ocupação do prédio da direção da universidade.

Democracia direta

Pauta histórica dos movimentos de professores, estudantes e funcionários da USP, a possibilidade de eleições diretas foi trazida à tona neste ano por João Grandino Rodas, o primeiro reitor da USP a ser nomeado pelo governador do estado, apesar de ter figurado como último da lista triplíce elaborada a partir da votação interna.

Após um período estipulado para debates e contribuições da comunidade universitária, foram apresentadas 5 propostas: do Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp), da Associação de Docentes (Adusp), do Diretório Central dos Estudantes, da Congregação de São Carlos e uma assinada por mais de 60 diretores de unidades, considerada favorita dentro do Conselho.

A proposta dos 60 diretores mantém o mesmo sistema de lista tríplice e nomeação pelo governador. Os estudantes pleiteiam eleições diretas com voto paritário entre docentes, discentes e funcionários. Em outubro de 2012, uma consulta realizada pelo DCE com 4.591 estudantes sobre a questão das eleições diretas, demonstrou que 92,7% são favoráveis à proposta.

Ocupação

Os estudantes que ocupam a reitoria pedem a anulação do Conselho Universitário de hoje – que segundo a assessoria de imprensa da universidade segue em curso – e reivindicam a realização de uma sessão aberta, além do adiamento das eleições marcadas para o final de outubro. Em relação às propostas apresentadas, os estudantes defendem que a escolha se dê por meio de votação direta da comunidade universitária.

Novo regulamento

Apesar dos protestos, o Conselho Universitário aprovou nesta terça-feira o novo sistema de escolha para reitor e vice-reitor, que passarão a ser  eleitos em turno único por uma Assembleia Universitária composta por conselhos, congregações e diretores, correspondendo a cerca de dois mil representantes da comunidade universitária.

O novo regulamento também define que os candidatos terão que inscrever chapa – antes, qualquer professor titular poderia votar e ser votado. Também será realizada uma consulta à comunidade, de caráter informativo. O resultado será divulgado cinco dias antes da data da eleição.

O CO também informou que as discussões sobre o tema continuarão em 2014 e que ainda não foi definida uma data para a eleição.

Atualizada em 02/10/2013 às 11:34.

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