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publicado dia 29 de outubro de 2013

Cinco livros sobre ensinar e aprender

Para celebrar esse 29 de outubro,  Dia Nacional do Livro, a equipe do Portal Aprendiz selecionou cinco obras literárias que revelam que é possível aprender fora da escola. São livros que exploram as relações de ensino e aprendizagem no cotidiano entre as pessoas, durante viagens, a partir de histórias de vida. Esses personagens nos convidam a experimentar suas descobertas e a explorar o contínuo universo da imaginação.

A nona vida de Louis Drax, Liz Jensen

A nona vida de Louis Drax conta a história de um garotinho que, no auge dos seus nove anos de idade, coleciona “acidentes” e problemas de comportamento por onde passa. Embora muito inteligente, Louis está sempre em situações de perigo – e, claro, deixa sua mãe absolutamente preocupada. Um dia, em um piquenique com seus pais, Louis sofre um terrível acidente, cai de um penhasco e entra em coma profundo. Construindo uma narrativa quase mítica, a autora conta como Louis irá se comunicar com o mundo exterior e finalmente entender o porquê da sua predestinação aos problemas. Em duas vozes, – a de Louis e a do neurologista por ele responsável -, o livro traça diálogos e caminhos de ensino-aprendizagem em uma situação que bem poderia ser silenciosa. Médico e criança constroem uma narrativa envolvente e fundamentada em possibilidades ainda misteriosas para a medicina – a de que estamos sempre nos comunicando e, consequentemente, ensinando e aprendendo.

Cartas a um jovem poeta, Rainer Maria Rilke

Quem nunca teve aquele alguém especial, uma espécie de mentor, de amigo para todas as horas, capaz de ensinar os caminhos das pedras? É esse o mote do livro “Cartas a um Jovem Poeta”, do poeta alemão Rainer Maria Rilke. Provavelmente uma das obras mais importantes da literatura europeia, o livro apresenta uma coleção de cartas entre um escritor consagrado e um jovem poeta. Juntos, a partir de perguntas motivadoras, aprendiz e mestre dialogam sobre os grandes temas da humanidade: amor, perda, finitude, arte e a missão de escrever. “Nada a poderia perturbar mais do que olhar para fora e aguardar de fora respostas a perguntas a que talvez somente seu sentimento mais íntimo possa responder na hora mais silenciosa”, escreve o poeta, dialogando com as angústias de seu discípulo. Convidando-o a pensar sobre si e sobre o mundo, Rilke estimula que o jovem encontre suas respostas na sua própria vida e valide-as ao aprender a confiar em si mesmo, nas suas dúvidas e certezas.

[stextbox id=”custom” caption=”Dica extra” float=”true” align=”right” width=”300″]Para quem lê em inglês, selecionamos o livro “Room”, de Emma Donogue. De forma inventiva, a escritora norteamericana conta a trajetória de um menino que vive confinado em um quarto. Nesse espaço minúsculo, o pequeno aprende a andar, falar, comer, escrever e ler – tudo na companhia de sua mãe, uma mulher muito sofrida, mas com vontade de fazer que seu filho tenha acesso a tudo o que existe “do lado de fora”, mesmo que estejam presos neste confinamento. O livro é um verdadeiro convite a imaginação![/stextbox]

Diários de motocicleta: notas sobre uma viagem na América Latina, Ernesto Che Guevara

Em um diário apaixonante, o médico argentino Ernesto Che Guevara, célebre por sua atuação em prol de justiça social na América do Sul, narra em primeira pessoa a viagem que fez com o amigo Alberto Granado. Usando uma Norton 500 cilindradas, motocicleta típica da época, os dois percorrem mais de cinco mil quilômetros entre Buenos Aires, na Argentina, e Caracas, na Venezuela. Nessa extensa trajetória, Guevara tem contato com uma América Latina muito diferente da que havia visto nos livros e bancos escolares: descobre uma imensa e variada riqueza cultural, contextos, economias, governos e políticas díspares, povos com as mais diversas características. Como estudante de medicina, Che aprende e ensina nos leprosários e pequenos centros médicos. Visita minas de cobre, povoados rurais, populações indígenas, grandes centros urbanos, descobrindo diariamente sua própria identidade. O período, que vai de 1951 a 1953, é relatado com toda a alegoria de um idealista que efetivamente desejava mudar o mundo. Segundo Eduardo Galeano, renomado escritor uruguaio, o livro relata uma jornada que se transforma em uma série de jornadas. “Ernesto Guevara em busca de aventura, Ernesto Guevara em busca da América, Ernesto Guevara em busca de Che. Nessa jornada de jornadas, solidão encontrou solidariedade, o ‘eu’ se transformou em ‘nós’”.

Através do Espelho, Jostein Gaarder

Considerado um romance infantojuvenil, Através do Espelho conta a história de Cecília, uma menina que tem uma doença terminal e está, junto a sua família e um companheiro bastante inusitado, aprendendo a dizer adeus à vida.  Escrito por Jostein Gaarder, autor de O mundo de Sofia, o livro retrata, nas palavras da pequena Cecília, como a vida e a morte são lados de um espelho e como para atravessá-lo é preciso conhecer, vivenciar e aprender o que existe em cada um deles, mesmo que de um lado, só existam conjecturas. A menina escreve tudo o que descobre em um caderninho que funciona como espécie de roteiro de viagem, no qual ela registra todos seus sonhos, medos e descobertas. De um jeito muito especial, Cecília ensina o leitor a “atravessar esse espelho”, sem medo e sem tristeza, vivenciando a vida – em todos seus momentos – , como uma grande aprendizagem.

O estranho caso do cachorro morto, Mark Haddon

A obra conta a história do adolescente Christopher Boone, que sofre de síndrome de Asperger, um transtorno do espectro do autismo. Um gênio em matemática, física e compreensões lógicas, Chris tem muita dificuldade com outras pessoas: detesta contato físico e responde, muitas vezes de forma inconveniente, com uma verdade direta que incomoda os demais. Logo no início da trama, o menino é acusado de assassinar o cachorro do vizinho e aos 15 anos de idade é levado a passar uma noite na prisão. Acuado e inconformado por ter sido apontado como autor do crime, Chris decide investigar o verdadeiro assassino e assim, descobrir mais sobre si mesmo e sobre a sua relação com as pessoas. De forma bem humorada, Mark Haddon nos apresenta um adolescente intuitivo, brilhante e racional, mas que tem um enorme coração e uma imensa possibilidade de se relacionar com o outro. Juntos, leitor e personagem aprendem que existem outras formas de aprender, ensinar e se relacionar.

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